segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Alvarenga e Arouca.

É sempre a mesma coisa. Vamos só dar uma voltinha pequena e acabamos por nos perder no tempo agarrados à estrada à espera de mais uma curva e contra curva que valha a viagem.
Primeira vez em Alvarenga. Creio que na encosta Sul da serra do Grou, num vale solarengo, verdejante e mudo.
A estrada tem piso irregular e nao conhece rectas. A densa vegetação e a ordem das montanhas criam sombras permanentes e armazenam, nesta altura, gelo e água.
Aqui tão perto de nós, as montanhas, tornam estas aldeias distantes e desconhecidas.
Faltou o bife de Alvarenga.

sábado, 26 de novembro de 2011

Ir a Pitões das Júnias


Ver o mosteiro beneditino escondido algures num vale e visitar  uma das aldeias mais remotas do Parque Nacional da Peneda Gerês, foi assim este sábado.


Por terras de basto em direção a Montalegre, fomos quatro, com o Calafate, o Miguel, e o Norberto (novos amigos das motas), combatendo e esquecendo o frio (+ 9º) e o medo de uma queda por causa do piso molhado e escorregadio quase a cada curva, com paisagens que teimamos em não acreditar que existem em Portugal.

Descobrimos a aldeia de Cerva, nas costas de Ribeira de Pena, regado pelo rio Poio, e um bom troço de estrada com 10km, N312, até à Portela da Santa Eulália.

Castelo de Montalegre
Boticas é uma vila simpática, num planalto, aberta ao sol onde até as montanhas parecem ter-se afastado para eliminar as sombras. Fiquei com a curiosidade de ver o centro das artes, na entrada sul, ainda em construção.


Daqui até Montalegre são cerca de 28km, pela N103 e N308 é um regalo para os fãs das curvas e da paisagem. É curva e contra curva, a subir, a descer, são rectas e bom piso ornamentado por prados verdejantes, vales longos e lá para o km25 surge a gigante albufeira do Alto do Rabagão, nos planaltos de Montalegre.

Tasca do Açougue
E onde há castelo e Larouco há Montalegre e há boa posta de carne barrosã bem servida pela Tasca do Açougue, ali perto das muralhas da fortificação.

Em menos de trinta minutos chegamos, à aldeia de Santa Maria das Júnias vizinha das erupções graníticas do Gerês. A aldeia parece fechada, sem entradas, sem gentes. Com ruas estreitas, e calçada de pedras comprimidas entre os muros que parecem todos iguais rapidamente somos absorvidos pelo labirinto de esquinas comuns.
Largo em Pitões das Júnias

 Sem tempo, voltamos à placa castanha que indica direção para um mosteiro não identificado e uma cascata. Nós procuramos o mosteiro beneditino que fica no estreito vale da ribeira de Campesinho, onde somos recebidos por um não menos monumental carvalho. O edifício em ruínas tem o encanto pelo lugar onde foi construído. Tem notórios traços românicos e os arcos que sugerem um pequeno claustro aberto para um jardim ou quintal virado a poente.

Mosteiro de Pitões
Daqui, partimos em direção a Vieira do Minho. Acompanhando o rio Rabagão vimos as barragens do Alto do Rabagão, Venda Nova e Caniçada Gerês. A pouca sinalização, ou a falta de sinalização levou-nos à Póvoa do Lanhoso deixando Vieira do Minho para trás. Alterando os planos de regresso.





Este percurso é muito bom porque tem, boas estradas, ótimas paisagens, monumentos de interesse nacional e oferta turística variada.












Exibir mapa ampliado

domingo, 6 de novembro de 2011

Montedeiras e Aboboreira

Serra da Abororeira zona da Folhada
No horizonte é possível ver as serras do Marão e Alvão.
O pico da Srª da Graça (quase ao centro) e arriscaria lá bem longe a cordilheira do Gerês.

Com partida em Alpendorada, em direção a Montedeiras, viragem para Soalhães, e subida até à Aboboreira pelas estradinhas da freguesia que por vezes coincidem com o percurso pedestre até a Almofrela. Daí em direção a Carvalho de Rei (Amarante) e depois regresso pela Folhada - completamente desconhecido para mim até hoje, uma aldeia rural com casas a pedir restauro, quem sabe para turismo - Várzea de Ovelha e Aliviada, Tabuado, passando pelo centro da cidade do Marco e regresso a Alpendorada.

Estradas em alcatrão e terra (zonas com bastante desgaste provocado pelas águas da chuva) só para motas trail.

(+) paisagem, aldeias, vida selvagem, tasquinha do fumo.
(-) regos profundos, falta sinalização

FFC
Lugar do Castelo, Carvalho de Rei, Amarante.

Muralha ou edifício muralhado em Várzea do Ovelha, à face da EN 101

Terminei o dia com um belo cartucho de castanhas da D. Lurdes, em Alpendorada
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

1000 km's até Burgos

Impensável!
7h da manhã a sair do ferry boat em Marselha, ligamos os auriculares e diz o Zé: "como é chico, é até Burgos?". Eu ri-me, desconfiado, mas no fundo até me sentia capaz. Mas respondi que era demasiado.
O que é certo é que o concluímos com chegada a Burgos pelas 18h.

Foi impressionante o andamento que só tinha paragem para abastecer de 300 em 300 km.
Para trás ficaram paisagens dos prados franceses, as montanhas dos Pirinéus e da velocidade com que passamos de Irún a Vitória Gastez.

Para recordar fica o susto, que me levou a dar uma pancada nas malas no separador da via rápida, porque o Zé ficou indeciso em virar para Burgos, numa bifurcação que apontava Burgos em duas direcções (via com portagem e sem outra portagem).

Esta cidade foi uma agradável surpresa. Encontramos um hostel fantástico e barato, e vimos uma cidade com vida nocturna animada e com um casco antigo muito bonito, centralizado na espantosa catedral de Burgos.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

De Ajaccio a Marselha pelo mar

11h de viagem de "titanic" numa cabine que tem o conforto que o corpo precisa para fazer 1000 km até Burgos. Será?

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Córsega interior tem tiros e porcos na estrada


Os primeiros 30km a partir de Bonifacio são entre montanha, de arbustos rasteiros e árvores curtas como pinheiros, oliveiras e uma especie de cedros, e um banho de mar sobre rochas e algumas praias. A estrada é boa e até Propriano fazem-se grandes curvas e algumas boas rectas.
Antes de Propriano cortamos para Sartene em direcção às montanhas de mil e dois metros de altitude. A paisagem na entrada sul do parque natural é em tudo identica à das Beiras de Portugal, entre vales amarelados em pousio e horizonte de montanhas rochosas salpicadas de penedos. À medida que vamos pro interior a paisagem torna-se verde e fresca muito semelhante à do Gerês. De longe a longe entre dezenas de curvas fechadas apertadas e inclinadas encontramos aldeias que mostram simpatia pelas flores cultivadas nos canteiros da estrada ou nas floreiras de cada casa. As construções são em blocos pequenos de granito. As janelas fazem-se na sua maioria de madeira. Curioso é haver sempre uma mesa e cadeiras à porta ora ocupadas ora sós. A mais de mil metros, onde há limitação de veículos, a floresta adensa-se e os animais de pasto aparecem nos campos e na estrada com frequência. Mas foram as varas de porcos, grandes e pequenos, que nos fizeram parar os ver desfazer as valetas à procura de comida completamente indiferentes à nossa presença e ao barulhos dos motores.
Lá continuamos nos pela D69 a estrada que nos levava até ao ponto mais alto no centro da Córsega. Pelo caminho podemos reparar que as várias placas de indicação de direcção tinham os nomes das aldeias escritos em francês fuzilados e/ou apagados. Deu para perceber o "nacionalismo" exarcebado dos corsos como se identificam - e não franceses.
Pelas cinco horas e ainda a mais de uma hora de viagem até ao topo decidimos virar em direcção a Ajaccio; precisamos de informações sobre os embarques pro continente. Nos poucos quilometros que fizemos na cidade, mostrou-nos uma avenida longa de exploração marítima e os edificios clássicos numa cidade com muitos turistas.
O regresso a Bonifacio faz-se em pequena parte por estrada montanhosa e cheia de curvas; bom pras motas dificil para os carros; 130km em pouco mais de duas horas.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mais praias

Hoje procuramos uma praia diferente na costa este. Fomos parar a Moara Beach uma enseada bastante grande e com um bar na praia, com boa esplanada e mesas na água, que fazia uns pratos e cocktails de frutas vistosos. A bebida alcoolica da moda aqui o mojito. Por todo o lado se vê publicidade e povo com o copo de hortelã na mão.

Plage de Maora@Bonifacio/Córsega

cc

domingo, 7 de agosto de 2011

À descoberta das praias

Percorremos 4 praias hoje. A primeira que vimos é brutal. Uma pequena enseada de areia branca água quentinha e pouca gente.
As outras são mais badaladas. A água tem sempre aquele aspecto fabuloso em tons de azul turquesa.
Ainda descemos uma falésia perto de Bonifacio onde encontramos um sítio pra dar uns saltos pra água.

Embarque para Córsega e noite em Bonifacio

Dias 7 e 8.

FFC
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sábado, 6 de agosto de 2011

Córsega à vista


à primeira vista uma simples cidade portuária. O porto e uma linha de prédios e casinhas espalhadas pela encosta. Pelo que os olhos conseguem alcançar assim que vimos terra não diríamos que é uma ilha tal é a extensão.
Desembarcamos directos a Bonifacio, no sul, onde estão as melhores praias.
Não há auto-estradas. São 180 km de estrada nacional em recorte montanhoso de paisagem em tudo identica à do norte de Portugal.
Quase 22h quando chegamos e a tão afamada cidade de Bonifácio tinha uma entrada tão vulgar quanto uma rotunda casas de comércio e umas bombas de combustível antes de desaguarmos na marina repleta de iates tal e qual marina do Mónaco. O parque de campismo que fica mesmo à entrada estava a fechar e não sabíamos onde estavam os hotéis e pousadas. Acabamos a noite numa quinta com bunglows e ainda negociamos o preço :)